Trem de Santos usará traçado do funicular



O trem regional entre a capital paulista e a Baixada Santista deve utilizar o traçado do antigo funicular da Serra do Mar com um novo sistema de cremalheira. O modelo do trem para o percurso não está definido, mas estão sendo avaliadas tecnologias que permitam subir rampas de 7 e 8% e circular no trecho de planalto e no litoral.
“Há tecnologia para isso. Há trens na Europa com sistemas semelhantes”, explica o secretário adjunto dos Transportes Metropolitanos de São Paulo e coordenador do estudo de vialibidade dos trens de passageiros para Santos e Sorocaba, João Paulo de Jesus Lopes. Ele ressalta que o estudo é preliminar, mas que a viabilidade existe e será aprofundada.
Foram estudadas diversas alternativas para o trem regional. Chegou a ser considerado o uso da descida da serra por livre aderencia da ALL, mas depois de uma avaliação de engenharia, o traçado do funicular pareceu o mais adequado. A ideia é aproveitar ao máximo o que restou da antiga linha (sem utilização há mais de 50 anos), melhorando e reconstruindo trechos deteriorados.
O projeto prêve trens circulando com velocidades médias entre 120 e 150km, viagens de cerca de 50 minutos entre a capital e a Baixada Santista e demanda de 30 a 50 mil passageiros por dia. Os trens poderiam partir da Estação da Luz ou da futura Estação Tamanduateí, da Linha 2 – Verde do Metrô.
A linha entre São Paulo e Paranapiacaba faz parte da concessão da MRS Logística, que está sendo consultada sobre a implantação do projeto.
“Não há interesse do Governo de São Paulo em conflitar com o transporte de cargas. Temos plena consciência da importância desse transporte”, destaca João Paulo.
Ele explica que no momento oportuno o projeto será discutido com o Ministério dos Transportes, ANTT, DNIT, MRS e ALL.
A secretaria dos Transportes Metropolitanos ainda não conversou com as prefeituras envolvidas no projeto, mas pretende fazer isso ao longo do aprofundamento dos estudos.
“Na nossa visão essas ligações facilitarão a interiorização e desenvolvimento das regiões”, observa Lopes.
Ele destaca a importancia do projeto para desfogar São Paulo e para atender ao fluxo de passsageiros para Santos que surgirá com o pré-sal .

fonte:
http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdNewsletter=5391&InCdUsuario=28499&InCdMateria=10704&InCdEditoria=1